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1.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S524, 2021.
Article in English | EMBASE | ID: covidwho-1859730

ABSTRACT

Introdução: A pandemia de COVID-19 trouxe uma série de impactos sociais, econômicos, culturais e políticos para o país e o mundo. Na saúde, observamos a sobrecarga do sistema, com mudança do perfil epidemiológico dos pacientes e necessidade de reestruturação da rede de atendimento devido à alta transmissibilidade do vírus. No setor privado, observamos ainda redução das internações por doenças crônicas não transmissíveis e das cirurgias eletivas. Objetivo: Avaliar o impacto da pandemia COVID-19 na demanda transfusional de um hospital privado de perfil oncológico na cidade de São Paulo. Método: Realizada análise retrospectiva, a partir de dados dos sistemas informatizados, do número total de hemocomponentes transfundidos. O movimento médio transfusional foi correlacionado com a taxa de ocupação hospitalar e oscilações de fases da pandemia na cidade de São Paulo. Resultados: Em 2019 tivemos um total de 7.869 transfusões e média mensal de 656 transfusões. Enquanto a taxa de ocupação média ficou em 86,04%. Em 2020 tivemos 6.618 transfusões, com média de 551 transfusões/mês e taxa de ocupação de 83,67%. No primeiro semestre de 2021 foram realizadas 3.472 transfusões, com média de 579 transfusões/mês e taxa média de ocupação de 83,07%. Analisando mês a mês, observamos as piores taxas transfusionais nos meses de maio, junho e julho de 2020 e todo período de 2021. As oscilações de fase da pandemia de covid-19 tiveram picos expressivos em julho e agosto de 2020 e março e abril de 2021. Discussão: Pacientes oncológicos, principalmente onco-hematológicos, demandam um elevado suporte transfusional durante o tratamento, não podendo ser postergado em grande parte dos casos. Os pacientes oncológicos, devido a imunossupressão, fazem parte do grupo de risco para Covid-19. Com isso, foram implantadas rigorosas medidas para contenção da propagação do vírus, tornando seguros os ambientes e atendimento, reduzindo o risco de exposição para os pacientes e colaboradores, como a restrição de acesso para visitantes e acompanhantes, reagendamento de consultas e cirurgias, fechamento do pronto socorro e encaminhamento dos casos suspeitos para rede referenciada. Houve queda na procura de atendimento hospitalar, redução de agenda cirúrgica eletiva e diminuição das taxas de ocupação e rotatividade de leitos. Consecutivamente, a redução do volume transfusional no cenário de pandemia foi inevitável em comparação ao período anterior (2019). Os períodos com reduções expressivas estiveram em concordância com o agravamento do cenário pandêmico. Conclusão: A redução do movimento transfusional está diretamente relacionada a queda da taxa de ocupação de leitos oncológicos e fases do cenário pandêmico na cidade de São Paulo. O movimento atual é de retomada no volume de atendimento e aprimoramento das práticas de medidas de proteção aos pacientes oncológicos em toda a linha de cuidado.

2.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S523-S524, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859729

ABSTRACT

Introdução: A Covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, de elevada transmissibilidade e distribuição global. A chegada da pandemia de Covid-19 ao Brasil ocorreu em fevereiro de 2020 impactando diretamente a vida dos brasileiros e das instituições de saúde, que tiveram de se adaptar diante de um vírus até então desconhecido e da mudança do perfil epidemiológico dos pacientes. No setor privado, observamos ainda redução das taxas de internações não relacionada ao COVID-19 e das cirurgias eletivas. Objetivo: Avaliar o impacto nas taxas de solicitações de reservas de hemocomponentes para as cirurgias eletivas em hospital de referência ortopédica na cidade de São Paulo. Método: Realizada análise retrospectiva, a partir de dados dos sistemas informatizados, através do número de reservas de hemocomponentes solicitados e utilizados, no período de janeiro de 2019 a junho de 2021. Os dados encontrados foram correlacionados com o número total de cirurgias e fases da pandemia na cidade de São Paulo. Resultados: Em 2019 foram reservados 1.797 hemocomponentes, com uma média mensal de 150 reservas e taxa de utilização de 19,66%. Neste período a média mensal de cirurgias realizadas foi de 931. No ano de 2020 foram reservados 1.211 hemocomponentes, com média 101 reservas ao mês, com taxa de utilização de 18,58% e média mensal de 749 cirurgias. No primeiro semestre de 2021 foram solicitados 557 hemocomponentes para reservas cirúrgicas, com média de 93 reservas ao mês, consumo médio de 22,16% e a realização média de 7801 cirurgias por mês. Analisando o período, observamos uma queda significativa nas taxas de reserva de hemocomponentes segundo trimestre de 2020 e nos meses de março e abril de 2021. O decreto de pandemia no estado de São Paulo teve início no mês de março de 2020, com picos expressivos nos meses de julho e agosto de 2020 e março e abril de 2021. Discussão: Segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANHP) em 2020 houve uma redução de 32% das cirurgias eletivas agendadas em todo o país. Em nosso serviço observamos uma queda importante do número de cirurgias, mais expressiva no segundo trimestre de 2020, com recuperação gradual ao longo do ano, contudo, com nova queda nos meses de março e abril de 2021. Esses períodos correspondem ao início da pandemia no país e a segunda onda de transmissão na cidade de São Paulo ocorreu em 2021, quando ocorreu a redução estratégica das cirurgias eletivas com objetivo reduzir a taxa de ocupação hospitalar e aguardar a melhora da taxa de giro de leito. Consecutivamente, observamos uma queda das solicitações de reservas de hemocomponentes para cirurgias, mais expressiva nos meses com menor número de cirurgias. Contudo, essa queda não foi observada na taxa de utilização de hemocomponentes reservados, sugerindo que não houve alteração do perfil dos pacientes cirúrgicos da instituição no período. Conclusão: A pandemia de covid-19 teve um impacto negativo no número de cirurgias, de solicitações de reserva cirúrgica, assim como observado em diferentes hospitais durante o cenário de incertezas da pandemia. A retomada dos índices a valores pré-pandemia tem acontecido de forma gradual e ainda com baixa expressão.

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